Cura com as mãos

 Minha primeira experiência com a magia diretamente ligada a uma pessoa, foi quando tranquei minha própria depressão e ansiedade dentro de um baú suspenso por correntes e lacrado com placa de metal. Com holofotes sobre eles, pois tais criaturas não gostam da claridade.

Fazer isso abafou os sintomas maiores de minha doença, muito embora, o cérebro ainda faça determinadas ações características de um cerebro com depressão, o que me faz ter menos sintoma e aceitar melhor os remédios. 

Fazer isso, me fez perceber como minha magia funciona. Em um dia de dor de garganta, puxei a inflamação, que para mim é vermelha, pois prefiro usar cores. Puxei como se fosse um montante de fumaça que se grudava a algo. Tirei e lavei as mãos com energia, mas engasguei-me e fiquei tonta. 

Em outro dia, repeti o ato na minha garganta. Distraidamente, porém, tentei retirar de meu parceiro, a fumaça encrosta em seus pulmões, pelo menos um pouco, para ele respirar melhor. Seu sono pareceu mais profundo. Até que ele acordou de madrugada e vomitou.

Conversando no dia seguindo. Vimos que por fim, a doença altera o físico na hora de sair, se torna palpável, principalmente pela falta que o corpo sente daquela toxina e não entende o que aconteceu com clareza. Ainda mais por eu não saber as técnicas certas, mas como uma feiticeira intuitiva iniciante, fiz o que pude e aprendi os perigos de tentar tirar alguma doença mais forte.

Pelo mesmo motivo, não posso apenas retirar minha depressão, pois a teria que vomitar ou tirar do corpo de alguma forma, o que poderia me causar algum novo problema.

Mas o estudo é algo alcançável. Muitas técnicas asiáticas se utilizam da magia, ou como desejar chamar, para fazer a cura em uma pessoa. A base é, canalizar.

As consequências sempre existem. Todo nosso corpo reage à mudança abrupta de forma física. Talvez ate mesmo o impacto vá a você pela forma errada.

Tome cuidado com o que for fazer. Principalmente se for em alguma doença pesada ou um problema maior. Mais ainda, não faça caso o outro não saiba. As consequências podem ser brutais.